As gimnospermas são plantas vasculares, com espécies que atingem grande porte. Pertencem a esse grupo as maiores árvores que se conhecem: as sequoias, plantas de regiões de clima temperado, que chegam a atingir cerca de 100 m de altura e viver cerca de 3 mil anos. São também exemplos de gimnospermas os pinheiros e as cicas.
Os estróbilos são estruturas reprodutivas das gimnospermas onde se formam os gametas e podem ser masculinos ou femininos.
Podem ocorrer estróbilos femininos e masculinos na mesma planta, falando-se em condição monoica. Quando os elementos reprodutivos masculinos e femininos localizam-se em árvores separadas, sendo um indivíduo produtor apenas de estróbilos femininos ou apenas masculinos, dizemos que a espécie é dioica.
O pinheiro nativo do Brasil é o pinheiro-do-paraná ou araucária, pertencente à espécie Araucaria angustifolia. Essa espécie é, normalmente, dioica, mas a condição monoica pode ocorrer quando a araucária é submetida a traumas ou doenças. A formação de estróbilo feminino ocorre o ano todo, mas a de estróbilo masculino ocorre de agosto a janeiro.
Esse pinheiro forma a Mata de Araucárias. Dos 20 milhões de hectares que cobriam as regiões Sul e Sudeste do Brasil, restam aproximadamente 2%, sendo que os principais fatores dessa enorme redução foram a derrubada das árvores para aproveitamento da madeira em construções e a ocupação humana do espaço.
A araucária tem grande interação com a fauna, que constitui elemento muito importante para a dispersão das sementes. Entre os animais dispersores de sementes de araucária destacam-se os roedores e as aves. Entre os roedores, estão as cotias, as pacas, os ouriços, os camundongos e os serelepes (esquilos). Entre as aves estão o papagaio-de-peito-roxo, a gralha-picaça, os airus, a gralha-azul e os tucanos.
Ciclo de vida
Do mesmo modo que nas briófitas e nas pteridófitas, há alternância de gerações no ciclo de vida das gimnospermas e no das angiospermas. Nas fanerógamas, entretanto, há grande redução da fase gametofítica que se desenvolve no próprio esporófito e não forma um indivíduo isolado.
No estróbilo masculino, cada esporo formado é uma célula haploide envolta por uma parede rígida e não é liberado do esporângio. Ali mesmo, no esporângio e dentro de sua parede externa protetora, o esporo se divide por mitose, formando duas células haploides. Essas duas células envoltas pela parede externa protetora correspondem ao gametófito masculino imaturo, que recebe o nome de grão de pólen.
No estróbilo feminino, cada esporângio é protegido por um tecido de revestimento chamado tegumento, e o conjunto esporângio mais o tegumento é chamado óvulo. O esporângio dá origem a esporos por meiose, e eles não são liberados do estróbilo.
Na época da reprodução, os grãos de pólen são liberados dos estróbilos masculinos e transportados pelo vento, podendo chegar até um estróbilo feminino contendo óvulos. O processo de transporte do pólen até a estrutura reprodutora feminina é chamado polinização.
Após a polinização é que o esporo do interior do óvulo germina. Ele se divide por mitose originando um conjunto de células haploides. Essas células constituem o gametófito feminino, que é, portanto, bastante reduzido. Algumas dessas células diferenciam-se em gametas femininos, chamados oosferas, enquanto outras dão origem a um tecido de reserva de nutrientes.
Os grãos de pólen, ao atingirem o tegumento do óvulo, também sofrem modificações: uma de suas células origina um longo tubo, que cresce em direção ao interior do óvulo, onde estão as oosferas. É o chamado tubo polínico, que corresponde ao gametófito masculino maduro. A outra célula presente no pólen se divide por mitose originando duas células espermáticas, correspondentes aos gametas masculinos, e que são levadas pelo tubo polínico até a oosfera. Apenas uma célula espermática fecunda uma oosfera, formando um zigoto (diploide), que se desenvolve em embrião.
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