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Briófitas

As briófitas são avasculares, ou seja, não têm raízes, mas apresentam estruturas semelhantes a elas: os rizoides. Estes fixam a planta ao substrato e dele absorvem água e sais minerais, substâncias que são transportadas de forma lenta, célula a célula, para as demais partes da planta. A ausência de vasos condutores de seiva limita o tamanho dessas plantas, que dificilmente ultrapassam 20 cm de altura.

Além de apresentar pequeno porte, as briófitas estão restritas a ambientes constantemente úmidos, sendo que um dos fatores responsáveis por essa restrição ecológica é a ausência de mecanismos relacionados ao controle da transpiração, presentes nas demais plantas. Por transpiração, a planta perde água para o ambiente e, se não houver um sistema de controle desse mecanismo, a planta perde muita água e não sobrevive. 

    Nos musgos, além dos rizoides, existem estruturas que lembram pequenas folhas e caule. Como não apresentam vasos condutores, utilizam-se os termos filoides e cauloides, respectivamente.


Ciclo de vida 

Ciclo de vida de uma briófita

Nas briófitas, a geração duradoura é a gametofítica e a fase temporária é a esporofítica. Nessas plantas, o esporófito é dependente do gametófito para nutrição, vivendo sobre ele. Quando você observa um musgo verde, com rizoides, cauloide e filoides, você está diante do gametófito. 

É o gametófito que dá origem aos elementos sexuais (gametas) formadores do zigoto (ovo), após a fecundação. Do desenvolvimento do zigoto resultam os esporófitos, que produzem os esporos por divisão meiótica. Quando maduros, os esporos são lançados no solo, germinam e formam uma nova planta, o gametófito.

    Você pode observar na imagem que os gametas femininos, chamados oosferas, são produzidos em regiões do gametófito feminino, os arquegônios. Já os gametas masculinos são chamados anterozoides e são produzidos nos anterídios, localizados no gametófito masculino.

    Os anterozoides têm flagelos e locomovem-se em meio aquoso até atingir o arquegônio, onde estão as oosferas. As briófitas dependem, portanto, de umidade e da formação de um filme de água para o deslocamento dos anterozoides em direção à oosfera para que ocorra a fecundação e se complete o seu ciclo reprodutivo. Do zigoto surge o esporófito, que produz os esporos por meiose, dando continuidade ao ciclo.

    Os diversos grupos de briófitas apresentam diferenças morfológicas, tanto no gametófito, como no esporófito; seu ciclo reprodutivo é, no entanto, basicamente o mesmo que você acabou de ver para o musgo.



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