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Bactérias

As bactérias possuem, em sua maioria, forma relativamente constante, em razão da presença de uma parede celular espessa. A parede celular das bactérias é formada pela associação de um carboidrato com um protídeo, e não é feita de celulose, como a parede celular de células vegetais.

Quanto à forma, ou morfologia, as bactérias podem ser células aproximadamente esféricas, cilíndricas ou espiraladas (helicoidais).

Em função de variações dentro desse aspecto geral e com finalidade didática, costuma-se dividir as bactérias em cinco grupos, quanto à forma:

» cocos – são arredondadas, geralmente esféricas, mas com representantes ovoides;

» bacilos – são células cilíndricas, alongadas, como bastonetes (pequenos bastões);

» espirilos – são filamentos longos, relativamente rígidos e espiralados;

» espiroquetas – são também filamentos longos e espiralados, porém mais flexíveis do que os espirilos;

» vibriões – possuem aspecto que lembra um bastonete curvo ou uma vírgula.

As bactérias podem viver isoladamente ou em grupos, pela reunião de vários indivíduos em um determinado arranjo. Este último caso acontece principalmente com os cocos, mas pode ocorrer também com espécies de bacilos; não ocorre com espirilos, espiroquetas e vibriões.


Reprodução

Reprodução por bipartição

A reprodução das bactérias ocorre por bipartição ou cissiparidade: cada bactéria sofre duplicação do material genético e divide-se em duas, geneticamente idênticas entre si. Esse processo é extremamente rápido, permitindo que, em condições favoráveis, cada bactéria dê origem a milhares de novas bactérias, todas idênticas, em pouco tempo.


Variabilidade Genética


  • Conjugação


Uma bactéria pode receber genes de outra por meio da conjugação bacteriana. Forma-se entre dois indivíduos uma ponte citoplasmática por onde acontece a transferência de DNA. Uma das bactérias atua como doadora e outra como receptora do material genético. A bactéria doadora pode transmitir à receptora uma cópia de seu DNA ou apenas a cópia de um plasmídeo. Encerrada a transferência, as células se separam, e a bactéria receptora pode transmitir seu patrimônio genético modificado no momento da reprodução.


  • Transformação

As bactérias podem ainda incorporar, por meio de certas proteínas da membrana plasmática, fragmentos de DNA presentes no meio. Esse processo recebe o nome de transformação bacteriana.


  • Transdução

Um tipo especial de modificação genética em bactérias ocorre quando certos vírus, os bacteriófagos, “injetam” genes nas bactérias hospedeiras, alterando seu conteúdo genético. Esse mecanismo é chamado transdução, e tem sido uma importante ferramenta para a engenharia genética: bacteriófagos são usados como vetores para injeção de genes selecionados em certas espécies de bactérias, para que elas apresentem determinadas alterações em seu metabolismo e produzam substâncias de interesse médico ou científico.


Metabolismo Bacteriano


A maioria das bactérias é heterótrofa, podendo realizar fermentação, respiração aeróbia (na qual utilizam gás oxigênio) ou respiração anaeróbia, que ocorre na ausência de gás oxigênio, mas utilizando substâncias que possuem oxigênio em suas moléculas. Além disso, existem bactérias autótrofas, que realizam fotossíntese e outras que realizam quimiossíntese, como as sulfobactérias, que oxidam compostos de enxofre, as ferrobactérias, que oxidam compostos de ferro, e as nitrobactérias, que oxidam compostos de nitrogênio.

A diversidade de processos com os quais bactérias obtêm energia está relacionada aos diversos nichos ecológicos que elas ocupam, e também com a variedade de interações que se estabelecem entre bactérias e seres humanos. Veja alguns exemplos no quadro a seguir.

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